Dificuldades de Aprendizagem Específicas: desafios e soluções para profissionais que trabalham com crianças que possuem DAEs
Para ajudar professores – e também assistentes de sala de aula, pais e responsáveis – a entenderem as crianças que apresentam Dificuldades de Aprendizagem Específicas (DAEs), a britânica Diana Hudson lança, pela Editora Vozes, o livro Dificuldades específicas de aprendizagem. O objetivo é mostrar que as crianças que possuem DAE pensam de maneira diferente, só precisam de uma abordagem especial para estimular a inteligência e conseguirem aprender e reter fatos. A autora pretende que, através da obra, o leitor compreenda que essas crianças têm muitos pontos fortes que podem torná-las bem-sucedidas se forem incentivadas e apoiadas.
A ideia de escrever o livro surgiu a partir de suas experiências pessoais. “Tenho três filhos que foram diagnosticados com dislexia e, por isso, fiquei interessada em Dificuldades de Aprendizagem Específicas (DAEs). Ensino Biologia há muitos anos, mas depois me especializei em ensinar crianças com necessidades específicas que estão no ensino fundamental (isso inclui dislexia, dispraxia, TDAH, TEA e outras condições relacionadas). Então, montei e administrei uma unidade de apoio à aprendizagem na escola onde lecionava biologia. Também fui diagnosticada como disléxica quando tinha 50 anos! Realizei cursos de treinamento para os funcionários da minha escola e de outras pessoas, e o livreto que produzi para distribuir aos professores tornou-se a base da ideia do meu livro”, conta Diana, que atua há mais de 20 anos em projetos com alunos que possuem DAEs.
Com um texto de leitura fácil e uso prático, o livro foi escrito com a intenção de ser uma obra acessível, para que as pessoas leiam de acordo com a sua necessidade. Vem recheado de conselhos práticos e técnicas simples que foram experimentadas e testadas. “Ele não é cheio de ciência ou das teorias mais recentes, mas é um manual prático com boas idéias, dando maneiras de apoiar, ajudar e incentivar crianças com DAEs. Espero que o leitor entenda melhor como as crianças com DAEs pensam e respondem. Isso permitirá que ele seja mais encorajador e solidário e que ele procure seus pontos fortes e habilidades. Por isso um livro que possui ilustrações e anedotas para dividir o texto e proporcionar humor e um toque leve. Cada capítulo tem citações de crianças, dando uma visão interna de como elas se sentem e pensam. Cada capítulo possui referências e links de sites para fornecer mais informações, se necessário”, explica a professora.
Diana também pontua os principais desafios encontrados por profissionais que trabalham com Dificuldades de Aprendizagem Específicas. As rotinas atribuladas, a falta de tempo e, normalmente, o grande número de crianças que tem para ensinar acabam facilitando que as crianças com baixo desempenho devido às DAEs sejam menos estimuladas. Para a autora, elas podem ser classificadas como preguiçosas, descuidadas, pouco inteligentes, malcriadas ou sem interesse. Geralmente, esse não é o caso, mas a falta de tempo do professor e de saber o que procurar pode permitir que essas crianças enfrentem uma falha no sistema. Isso pode levar a problemas de comportamento, ansiedade e depressão nesse grupo de alunos.
Sobre superar as dificuldades e exercer seu trabalho com excelência, Diana adianta que existem algumas técnicas que podem ser aplicadas. Mas, a principal delas é ser um profissional observador e cuidadoso, que saiba identificar as dificuldades do alunos, afirma.
“Os profissionais podem superar as dificuldades tendo um cuidado especial com as crianças:
• Aquelas que pareçam brilhantes verbalmente, mas regularmente tenham baixo desempenho em testes escritos e tarefas que envolvam leitura e escrita – elas podem ter dislexia;
• Se a criança for descoordenada – ela pode ter dispraxia;
• Caso a criança tenha comportamento social estranho – ela pode ter uma algum transtorno do espectro autista;
• A criança hiperativa, talvez não seja apenas travessa – ela pode ter algum problema subjacente ao TDAH;
O livro também cobre outras condições menos conhecidas, como a discalculia, a disgrafia e o TOC, dando características a serem observadas. Descubra os pontos fortes dessas crianças e as maneiras pelas quais elas gostam de aprender. Dê apoio e incentivo a elas e deixe-as saber que você entende as dificuldades delas, mas que vê o seu potencial e trabalhará com elas para alcançar o sucesso. Mantenha um senso de humor e uma atitude positiva e otimista; isso vai ajudar bastante!”, aconselha a autora.
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