Lançamentos – 23.02

Nos lançamentos da semana, novos títulos de Religiões, Teologia Sistemática e Sociologia:

História da liberdade religiosa: da reforma ao iluminismo

Autor: Humberto Schubert Coelho

R$ 65,00

A liberdade no Ocidente muitas vezes é abordada apenas sob o seu aspecto social e político, mas a fé nas suas diversas expressões, o interesse transcendente, o elemento religioso que cala fundo na alma humana, quase sempre tiveram papel central nesse tão importante debate. Caso as várias doutrinas e instituições religiosas não tivessem feito parte da nossa história, muito daquilo que pensamos e decidimos talvez nem teria sido cogitado.

Algumas das grandes oposições do imaginário moderno derivam dessa ascendência da religião sobre a cultura. Ortodoxia e heresia, ciência e religião, razão e fé, catolicismo e protestantismo, conformidade e dissidência, filosofia e teologia, fundamentalismo e secularização, dentre outras tantas tensões dialéticas, ajudaram a traçar as linhas de fronteira, bem como os debates, as definições e as tomadas de posições necessárias para a convivência, harmoniosa ou não, no mundo moderno.

Filósofos –religiosos, sem religião ou antirreligiosos – frequentemente contribuíram para o debate sobre a natureza da fé, os limites do saber teológico e o lugar da religião na sociedade. Não poucas vezes, e lucubrações metafísicas, investigações éticas e teorias políticas impactaram, seja a percepção pública, seja nas próprias posições das igrejas a respeito de temas doutrinais. Teólogos ou líderes espirituais propiciaram transformações da consciência coletiva, ora atuando sobre a doutrina, ora sobre a experiência de fé da população em geral.

Embora a Reforma e o Iluminismo tenham posição de destaque nas histórias da filosofia ou da religião, nem sempre ficaram evidentes as conexões entre ambos e o debate fundamental sobre a natureza (metafísica) e sobre o lugar (ético e civil) da religião na vida dos indivíduos. É esta a lacuna que o presente estudo se propõe a preencher.

Sobre o autor:

Humberto Schubert Coelho é professor de Filosofia Moderna do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Juiz de Fora, codiretor do Núcleo de Pesquisa em Saúde e Espiritualidade e membro titular da Academia Brasileira de Filosofia, o autor é graduado em Filosofia, mestre e doutor em Ciência da Religião pela mesma universidade, com período sanduíche na Martin Luther Universität Halle-Wittenberg. Fez estágios pós-doutorais na Escola Superior de Teologia e no Ian Ramsey Centre da Universidade de Oxford, enfocando métodos e problemas da filosofia da religião, bem como a relação de fronteira entre a Filosofia e a Teologia.

Jesus de Nazaré, suas palavras e as nossas: o que se pode afirmar sobre sua vida e sua mensagem

Autor: Juan José Hernández Alonso

R$ 108,00

Homens e mulheres de todos os tempos – crentes e não crentes – temo-nos questionado a respeito de Jesus de Nazaré. Quem é esse homem, de origem humilde, pregador e curador infatigável e aclamado nas ignoradas aldeias da Galileia, alijadas do poder imperial de Roma e da pureza religiosa do povo de Israel? Por que um homem, executado por suas pretensões de ser “rei dos judeus”, se converteu rapidamente no centro de um movimento religioso que marcaria o rumo espiritual e cultural do mundo ocidental? Por que um crucificado desperta tantas interrogações, inquietações e esperanças no coração do ser humano? Que razão existe para que a memória de um galileu sobreviva em tantos milhões de pessoas, de todas as condições econômicas, religiosas e sociais e ao longo de toda a história do cristianismo? Essa permanente busca pela identidade de Jesus de Nazaré é uma prova inequívoca da centralidade desta questão na cristologia. Ela nos conduz inevitavelmente à consideração do fato bíblico por excelência: a existência histórica de Jesus de Nazaré e a profissão de fé em Cristo, o Senhor. Fato e interpretação constituem inseparavelmente o fato bíblico por antonomásia. A história – o Jesus que viveu na Palestina e morreu em uma cruz – fica muda sem a interpretação, e a interpretação – a fé no Ressuscitado – sem a história, fica oca e vazia. (Da obra)

Sobre o autor:

Juan José Hernández Alonso é licenciado em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, doutor em Teologia pela Universidade Pontifícia de Salamanca e doutor em Filologia Germânica pela Universidade de Salamanca. Foi professor de Eclesiologia na Universidade Pontifícia e de Estudos Culturais dos Estados Unidos na Universidade de Salamanca.

O modernismo como movimento cultural: Mário de Andrade, um aprendizado

Autores: André Botelho e Maurício Hoelz

R$ 75,00

Pensamentear foi como Mário de Andrade descreveu a junção entre seu pensamento e ação de escritor que, lutando pela democratização da cultura, buscava reinventar o Brasil. André Botelho e Maurício Hoelz reveem esta práxis a partir do campo musical, o mais heurístico na trajetória desse homem de múltiplos talentos. Um entre lugar de fala-escuta – política de reconhecimento que liga o lugar de fala ao de escuta do outro – em que se forja uma ética dialógica e democrática do aberto e do inacabado. Sociologicamente reposicionado, o Modernismo passa a ser visto como movimento cultural: uma ação coletiva que disputa o controle cultural pela mudança da sociedade. Mário de Andrade, nosso contemporâneo. (Da obra)

Sobre os autores:

André Botelho é professor do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Presidente da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais – Anpocs (2021-2022). Autor, entre outros, de O retorno da sociedade – Política e interpretações do Brasil (Vozes, 2019).


Maurício Hoelz é professor do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCS) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Autor de A violência que nos une (Editora UFMG, no prelo).