Ler C.G. Jung é mais fácil do que você imagina
Estudos do autor trazem insights bem atuais e importantes para os dias de hoje
Se você pensa que os livros do psiquiatra suíço C. G. Jung foram escritos apenas para especialistas em psicologia, está enganado. Assim como os clássicos da filosofia são verdadeiros tesouros para nosso autoconhecimento, os livros de Jung também trazem insights valiosos para o nosso dia a dia.
Jung aborda temas bastante atuais e que influenciam diferentes campos do conhecimento. Fundou a Psicologia Analítica, e através dele temas como “arquétipo”, “ego” e “inconsciente coletivo” se popularizaram.
Sugerimos três obras de C.G. Jung para quem ficou interessado e gostaria de conhecer mais sobre o trabalho do psiquiatra:
Aspectos do feminino oferece uma série de artigos e extratos dos escritos de Jung que transmitem suas visões sobre o feminino e sobre temas que são intrínsecos ou relacionados: casamento, eros, a mãe, a virgem/donzela e o conceito de anima/animus, que é uma característica central da teoria da estrutura da personalidade de Jung. Esta seleção de textos abordando as várias faces do feminino segundo a teoria psicológica de C.G. Jung constitui importante ferramenta para reflexão e aprofundamento do universo feminino e sua relação com o universo masculino em uma época em que os modelos tradicionais de virilidade e feminilidade se dissolvem e requerem uma nova atitude coletiva de respeito a ambos os sexos e aos princípios constitutivos de nossa personalidade.
Em Aspectos do masculino Jung revela seus insights mais significativos sobre a natureza e as motivações da masculinidade, tanto consciente quanto inconsciente, e explica como isso afeta o desenvolvimento da personalidade. Oferecendo uma perspectiva única sobre o masculino, baseado em suas experiências pessoais e clínicas, Jung levanta questões que se revelam mais incontornáveis do que nunca. E oferece respostas que – surpreendendo, chocando ou edificando – nos desafiam a reexaminar nossa compreensão contemporânea da masculinidade. Por isso, a presente coleção de extratos de seus escritos fornece uma oportunidade de descobrir o que o próprio Jung entendeu a respeito da contribuição que o gênero deu à sua “equação pessoal”, uma oportunidade de examinar a lente do telescópio através da qual ele fez suas observações famosas e de longo alcance sobre as principais constelações psicológicas.
No período posterior à Segunda Guerra Mundial, com o advento da Guerra Fria, a construção do Muro de Berlim e a explosão da bomba de hidrogênio, Jung encontrou-se mais uma vez confrontado com “um tempo dilacerado pelas imagens apocalípticas de uma destruição planetária”, como se encontrara quando compôs o Livro Vermelho durante a Primeira Guerra Mundial. Articulando ali um elo direto entre o que ocorria no indivíduo e na sociedade em geral, ele argumentou que a única solução para os acontecimentos aparentemente catastróficos no mundo era o indivíduo entrar em seu interior e resolver os aspectos individuais do conflito coletivo. Articulando esses temas no contexto histórico contemporâneo, ele argumentou que só o autoconhecimento e a experiência religiosa poderiam fornecer resistência à sociedade totalitária de massa. O que se fazia necessário era uma psicologia que facilitasse o autoconhecimento, reconectando os indivíduos com seus sonhos e com os símbolos que emergiam espontaneamente de dentro.
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