Lançamentos: novo livro sobre psicanálise junguiana e da coleção Clássicos da Espiritualidade

Nesta quarta-feira (24) a Editora Vozes lança dois novos livros: Psicanálise junguiana – Trabalhando no espírito de C. G. Jung, editado por Murray Stein e o Tratado do amor de Deus, obra-prima de São Francisco de Sales.

Psicanálise junguiana – Trabalhando no espírito de C. G. Jung

Capa do livro "Psicanálise junguiana"
Uma reunião de textos que refletem a abordagem de Jung

Murray Stein

Jung se distinguiu de Freud e Adler, os outros dois pioneiros da psicanálise, e fundou um ramo distinto da psicologia profunda (ou psicologia médica, como era chamada nos seus primeiros tempos), chamado de psicologia analítica. Os capítulos do presente volume refletem as mudanças que ocorreram na última década e meia e após a passagem da segunda geração, que em grande parte tinha conhecido e trabalhado com Jung pessoalmente durante os anos de 1930 e 1940. Como uma afirmação do campo, este livro, é muito representativo quanto às várias correntes de pensamento e à rica diversidade de abordagens e de pensamentos que constituem hoje a complexa tapeçaria da escrita e do pensamento analíticos junguianos. O leitor encontrará um entrelaçamento que talvez hoje chegue ao ponto de uma perfeita integração, dos bem-conhecidos ramos clássico, desenvolvimentista e arquetípico da psicologia analítica, bem como uma gama impressionante de empréstimos de pensadores psicanalíticos modernos, para além das fronteiras da psicologia analítica, e cujas ideias e insights não são de modo algum inspiradas por fontes junguianas, mas cujas visões são crescentemente vistas como convergentes e compatíveis.

Tratado do amor de Deus

Capa do livro "Tratado do amor de Deus"
Teoria completa das relações íntimas da alma com Deus

São Francisco de Sales

O Tratado do amor de Deus é a obra-prima de São Francisco de Sales. Quando em 1608 apareceu a Introdução à vida devota, um murmúrio de admiração elevou-se no mundo cristão. Henrique IV, que não era estranho à ideia desse livro, confessou que ele lhe excedera a expectativa. O núncio da Santa Sé em Colônia, que devia vir depois a chamar-se o Papa Alexandre VII, dizia tê-lo lido uma infinidade de vezes, sempre com igual satisfação. O rei da Inglaterra Jaime I, posto que protestante, tomou conhecimento dele e desejou ver o autor. Enfim, o geral dos cartuxos aconselhou o santo bispo a não mais escrever, persuadido de que a sua pena não poderia produzir nada comparável a essa obra. Enganava-se: Francisco de Sales sobrepujou-se dando ao público, no ano de 1616, o Tratado do amor de Deus. Enquanto a primeira obra mostrara como a prática da devoção é conciliável com o comércio da vida exterior, a segunda eleva-se às considerações mais sublimes e mais tocantes. É uma teoria completa das relações íntimas da alma com Deus, uma verdadeira teologia afetiva, capaz de ser igualmente proposta às pessoas que vivem no mundo e às que estão encerradas no claustro.