Etnografias urbanas

Por: José Guilherme Magnani, Enrico Spaggiari, Mariana Hangai Vaz Guimarães Nogueira, Rodrigo Valentim Chiquetto e Yuri Bassichetto Tambucci

Etnografias urbanas
Etnografias urbanas

O que é etnografia e como se faz uma etnografia urbana? Quais são as estratégias de pesquisa “quando o campo é a cidade” e como é o processo de imersão e interlocução em campo? Quais as características da escrita etnográfica? Essas perguntas, que muitas vezes não têm respostas tão diretas, fazem parte do cotidiano de quem realiza projetos inspirados pela etnografia, desde iniciantes até quem já conhece os meandros da pesquisa antropológica.

Etnografias urbanas: quando o campo é a cidade busca, inicialmente, revisitar conceitos e abordagens clássicas e contemporâneas, para, em seguida, descrever procedimentos e estratégias de pesquisa. Além disso, para instigar o interesse de estudantes de diferentes áreas e disciplinas, são apresentadas algumas experiências de pesquisa coletiva realizadas dentro e fora das universidades. Experimentos etnográficos, realizados em diversos contextos, que demandaram outros modos de fazer etnografia, novas formas de aproximação, diferentes cuidados na interlocução e reelaboração de estratégias metodológicas.

Não se trata de um “manual de etnografia”, definindo um modo de fazer específico. A etnografia é um método reconhecido por sua flexibilidade e capacidade criativa diante de situações que exigem dele uma constante atualização a partir do legado teórico da Antropologia e de suas formas de observação, registro e análise do material colhido. Por isso, como bem revelam os experimentos etnográficos descritos no livro, não existe só uma forma de fazer etnografia.

A discussão teórica e prática, apresentada ao longo do livro, tem como base um conjunto diversificado de pesquisas – que deram origem a dissertações, teses, relatórios de iniciação científica em final de curso e a trabalhos solicitados de fora da academia – realizadas desde 1988 pelo Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo (LabNAU-USP). Apesar do ponto de partida ter sido a grande metrópole paulistana, logo integrantes do núcleo se voltaram a outros contextos – como instituições de lazer e cultura,  aldeias e cidades amazônicas e até mesmo regiões atingidas por desastres ambientais – revelando diferentes formas de habitar o mundo, seja na cidade, no campo, na aldeia ou mesmo nas formas de interação social on line. De coletivos de jovens na periferia de São Paulo a indígenas em aldeias urbanas em Manaus, passando por temas como religiosidade, lazer, gênero, apropriações de espaços urbanos, formas de mobilidade.

Etnografia urbanas: quando o campo é a cidade é, portanto, desdobramento de um processo de reflexão a partir das experiências de pesquisadores e pesquisadoras com diferentes trajetórias, graus de formação e temas de interesse, que tinham como espaço comum de atuação o LabNAU-USP e o método etnográfico. Essa pluralidade de olhares se reflete também na autoria coletiva deste livro, compartilhada entre cinco antropólogos/as que têm atuado como um coletivo – Argonautas Pesquisa Etnográfica – fora dos muros da universidade.

Escrito para jovens estudantes de Antropologia em seus começos de estudo e incursões a campo, o livro também tem como finalidade atingir um público mais amplo, pouco familiarizado com a terminologia da disciplina, mas que deve ser apresentado às obras de referência, tanto clássicas como atuais. Por isso, dirige-se também a novos/as e veteranos/as pesquisadores tanto das Ciências Sociais afins – Sociologia, Ciência Política, Geografia – como de outras áreas – Educação, Arquitetura e Urbanismo, Comunicação, Ciências da Saúde –, cada vez mais interessadas na contribuição da Antropologia em geral e de seus instrumentos de pesquisa, em particular.

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José Guilherme Magnani é professor titular do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP) e fundador do LabNAU.

Enrico Spaggiari é doutor em Antropologia Social (USP).

Mariana Hangai Vaz Guimarães Nogueira é bacharela em Ciências Sociais (USP).

Rodrigo Valentim Chiquetto é mestre em Antropologia Social e doutorando em Educação (USP).

Yuri Bassichetto Tambucci é mestre em Antropologia Social (USP).



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