Novo livro de Byung-Chul Han, guia de pesquisa e ensaio sobre a África: veja os destaques nos lançamentos de hoje
Nesta quarta-feira (19), a Editora Vozes lança cinco novos títulos. Entre eles, a última tradução do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, um dos maiores expoentes do assunto. Com o livro “Bom entretenimento“, o catálogo atinge oito publicações do autor, que podem ser conferidas aqui.
Além desta obra, chega hoje ao mercado os livros: “Breve história dos Concílios Ecumênicos“, de David Abadias, “Coleta de dados qualitativos – Um guia prático para técnicas textuais, midiáticas e virtuais“, das autoras Virginia Braun, Victoria Clarke e Debra Gray, “Sair da grande noite – Ensaio sobre a África descolonizada“, de Achille Mbembe e “O suicídio no Ocidente e no Oriente“, do autor Marzio Barbagli.
Conheça os lançamentos:
As fronteiras entre “realidade real” e “realidade ficcional”, que marcam o entretenimento, tornam-se cada vez mais fluidas. O entretenimento já abrangeu há muito tempo também a “realidade real”. Ele transforma agora o sistema social como um todo, sem marcar propriamente, porém, a sua presença. Assim, parece se estabelecer um hipersistema, que é coextensivo com o mundo. O código binário entretém/não entretém, que está no seu fundamento, deve decidir o que é passível de pertencer ao mundo e o que não é, ou seja, o que é em geral. O entretenimento se eleva a um novo paradigma, a uma nova fórmula de mundo e de ser. Para ser, para pertencer ao mundo, é preciso ser algo que entretém. Apenas aquilo que entretém é real ou efetivo. Não é mais relevante a distinção entre mundo fictício e mundo real, à qual o conceito de entretenimento de Luhmann ainda se aferra. A própria realidade parece ser um efeito do entretenimento.
Breve história dos Concílios Ecumênicos
Os vinte e um concílios ecumênicos, ou seja, universais, são momentos fundamentais da vida e da história da Igreja. Mesmo sendo ecumênicos, muitas vezes tais concílios são motivados por problemas locais. Na verdade, conhecemos muito pouco a respeito deles, onde se realizaram, por que foram convocados, que problemas queriam resolver, como se desenvolveram, a que conclusões e acordos chegaram, que consequências tiveram. Mas são informações e conhecimentos, sem dúvida, muito interessantes para todos aqueles que desejarem conhecer o caminho percorrido pelos cristãos ao longo dos séculos. Esta obra tem como objetivo facilitar, de forma simples, bem estruturada e acessível a quem tem interesse no assunto. Porque conhecer a história da Igreja, tão humana e ao mesmo tempo tão cheia de Deus, nos ajuda a senti-la mais nossa e a amá-la melhor.
Coleta de dados qualitativos – Um guia prático para técnicas textuais, midiáticas e virtuais
Virginia Braun, Victoria Clarke e Debra Gray
Este livro é um guia prático e acessível para a coleta de dados qualitativos que vai além do foco tradicional em entrevistas presenciais. Enfatiza uma série de métodos textuais, midiáticos e virtuais que permitem interessantes mudanças nos métodos estabelecidos e requerem recursos menos intensos, oferecendo assim ao pesquisador técnicas alternativas para a coleta de dados. Dividido em três partes – textual, midiática e virtual –, o livro apresenta uma orientação gradual sobre métodos subutilizados na pesquisa qualitativa e oferece pontos de vista novos e interessantes para técnicas amplamente usadas.
Sair da grande noite – Ensaio sobre a África descolonizada
Há meio século, a maioria da humanidade vivia sob o jugo colonial, uma forma particularmente primitiva de dominação da raça. Sua libertação constitui um momento-chave da história de nossa modernidade. Que esse evento quase não tenha deixado sua marca no espírito filosófico de nosso tempo não é lá um grande enigma. Nem todos os crimes engendram necessariamente coisas sagradas. Alguns crimes da história resultaram apenas em máculas e profanações, na esterilidade esplêndida de uma existência atrofiada – em suma, na impossibilidade de “fazer comunidade” e de retrilhar os caminhos da humanidade. Será que podemos dizer que a colonização foi justamente o espetáculo por excelência da comunidade impossível – uma convulsão tetânica e ao mesmo tempo um sibilo inútil? O presente ensaio lida apenas indiretamente com essa questão, cuja história completa e detalhada ainda espera ser escrita.
O suicídio no Ocidente e no Oriente
O suicídio no Ocidente e no Oriente traz um panorama das motivações e significados da decisão de suicidar-se tomada por homens e mulheres de diferentes culturas ao longo dos séculos. A abordagem do autor Marzio Barbagli baseia-se em Durkheim no sentido de atualizar suas teorias sobre o suicídio, considerando o contexto atual. Seu principal argumento é que a cultura tem um papel fundamental no suicídio, muito maior do que Durkheim projetava. Considerado como o pior de todos os pecados ou a máxima expressão da liberdade, como vingança ou arma contra inimigos, como uma defesa da honra de um herói ou um ato virtuoso de uma esposa com relação ao marido, muitas são as possibilidades de entendimento deste ato. E são estas inúmeras possibilidades que o autor examina a partir de um ponto de vista sociocultural, religioso e político.
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