Filosofia e Literatura são destaques nos últimos lançamentos do mês
Nesta quarta-feira (29), a Editora Vozes lança mais quatro títulos. Entre eles, “A espécie que sabe“, novo livro da filosofa Viviane Mosé, que aborda grandes questões que movem a humanidade. As outras publicações são do selo Vozes de Bolso e Educação e Pedagogia. Confira:
Este livro descreve uma jornada em direção ao pensamento filosófico por meio de uma linha, provisória e pontilhada, que parte do surgimento do Homo sapiens sapiens até os dias atuais. Especialmente em função dos impasses que vivemos, o eixo desta busca é o ser humano, o seu modo de ordenação, o modo como foi cunhado como ser racional. Afinal, o que somos? O que nos tornamos? São perguntas essenciais no mundo contemporâneo. Por que chegamos até aqui? E de que modo podemos sair deste impasse? Falamos da era da pós-verdade, mas não sabemos o que é e o que significa esta transformação. Neste livro, a criação da razão e da verdade, esta que hoje desaba, é tema central. Guiada por Nietzsche, Viviane Mosé discute não apenas o nascimento da razão ocidental, mas a queda deste modelo de ordenação do pensamento. Mais do que isso, esta análise busca nos preparar para estes novos tempos onde tudo se torna perspectiva. Este é um livro útil para todo aquele que busca iniciar uma trajetória em direção às grandes questões que moveram a humanidade até aqui.
Eça de Queirós
Quando publicou “O crime do Padre Amaro”, em 1875, pela Livraria Chardron, o escritor português Eça de Queirós fez uma espécie de “declaração de guerra” ao conservadorismo da sociedade portuguesa, muito marcada pela influência ideológica e moral da Igreja Católica e da monarquia. Eça de Queirós é o principal representante do Realismo português, cuja obra já foi traduzida para mais de vinte idiomas. “O crime de Padre Amaro” foi considerado, em, Portugal, o maior escândalo literário do seu tempo. Provocou inúmeras reações da Igreja Católica, como ameaças de excomunhão do autor e de inclusão dele no Index Librorum Prohibitorum, o famoso índice de livros proibidos pela Igreja, ainda vigente naquela época. O ponto central do enredo deste romance é a corrupção moral de uma significativa parcela do clero português, envolvendo os membros da baixa e também da alta hierarquia. A Coleção Vozes de Bolso – Literatura Brasileira se propõe a trazer ao público um novo tipo de trabalho em torno de grandes clássicos da literatura de língua portuguesa. São todos textos já canonizados pela nossa tradição, porém com alguns “aditivos” que agregam valor e força aos mesmos.
A carta de Pero Vaz de Caminha
Escrita por Pero (Pedro) Vaz de Caminha (1450 – 1500), fidalgo português e escrivão oficial da esquadra de Pedro Álvares Cabral (1467 – 1520), a Carta é um dos documentos mais importantes da história dos descobrimentos portugueses. Em 1500, Caminha foi nomeado escrivão da feitoria a ser erguida em Calicute, na índia, razão pela qual se encontrava na nau capitânia da armada de Cabral naquele mesmo ano, quando a mesma encontrou o Brasil. Em 1817, o padre Manuel Aires do Casal fez uma cópia da carta e a publicou na imprensa, tornando-a pública e conhecida pela primeira vez. Sem dúvidas, a Carta do Descobrimento inaugura não apenas a nossa história enquanto nação, a nossa entrada na narrativa ocidental, mas também abre uma espécie de mitologia cultural brasileira no que diz respeito à natureza edênica, ao primitivismo indígena, ao índio cordial, ao contato ameno entre duas raças etc. A Coleção Vozes de Bolso – Literatura Brasileira se propõe a trazer ao público um novo tipo de trabalho em torno de grandes clássicos da literatura de língua portuguesa. São todos textos já canonizados pela nossa tradição, porém com alguns “aditivos” que agregam valor e força aos mesmos.
Inovar é assumir um compromisso ético com a educação
Com o intuito de desvendar alguns mitos e crenças da educação e trazer inovações para a realidade escolar, esta obra traz propostas concretas de mudança, atos primordiais, destinados àqueles que ousarem começar a criar alternativas à velha escola. Estamos chegando ao fim de um longo tempo, durante o qual se comprometeu o futuro de milhões de jovens. E com esse fim, o fim de uma certa maneira de entender e de fazer escola. Outro mundo já está sendo construído.
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