Dia Mundial da Saúde Mental: 5 livros para acompanhar seu dia a dia

Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a importância do tema, a Federação Mundial da Saúde Mental instituiu a data de 10 de outubro como o Dia Mundial da Saúde Mental. Segundo o Ministério da Saúde, enquadram-se em transtornos mentais os quadros de depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, entre outros. Ainda de acordo com o órgão, a prática regular de hábitos saudáveis e a adoção de um estilo de vida de qualidade, ajudam a manter a saúde mental em dia. Entre as dicas de prevenção estão: jamais se isole, consulte um médico regularmente, faça um tratamento terapêutico adequado, mantenha o físico e o intelectual ativos, pratique atividades físicas, tenha uma alimentação saudável e reforce os laços familiares e de amizades.

No último mês, diversos locais e pessoas se mobilizaram em prol do movimento Setembro Amarelo, que prevê gerar uma maior visibilidade a prevenção do suicídio. Mesmo com o fim da campanha, a indicação para manter os cuidados com a saúde mental continua. Para identificar um risco suicida em parentes ou amigos próximos, alguns sinais devem ser levados em consideração e servir de alerta: observar se a pessoa desenvolve comportamento arriscado e autodestrutivo, falta de esperança no futuro e preocupação com a própria morte, expressa intenções suicidas, isolamento, tristeza intensa e durante vários dias e doação inexplicada de objetos valiosos. Como ajudar nesses casos?

“Primeiramente ofereça seu apoio, demonstre para a pessoa que você pode ouvir o que ela tem a dizer. Lembrando que uma pessoa que procura ou aceita ajuda deve ser respeitada, ser levada a sério e não devemos banalizar o seu sofrimento só porque se julga que o questionamento apontado pela mesma na sua visão é facilmente resolvido. Se você acredita que a pessoa está em perigo imediato, fique em contato para acompanhá-la, não a deixe sozinha. Nesses casos é muito importante procurar ajuda especializada de um psicólogo e/ou psiquiatra, sendo necessário acompanhe a pessoa até a consulta. Saúde mental é importante e indicado para todos”, aconselha a psicóloga Maria Estela Castro.

O Centro de Valorização da Vida (CVV), através do telefone 188 e do site www.cvv.org.br, é um canal que atende de forma voluntária, gratuita e sob sigilo, pessoas que necessitem suporte emocional imediato. “A prevenção é o melhor caminho e por isso precisamos desmistificar o assunto. Muitos mitos envolvem o tema, as pessoas especulam de forma errada e isso não colabora para a prevenir o suicídio”, indica a profissional.

Nenhum cuidado paliativo substitui o tratamento profissional e especializado. Porém, a leitura pode ser uma grande companheira no dia a dia de quem cuida da saúde mental. Para ajudar nesse processo, listamos cinco livros que se encaixam nessa missão:

Capa do livro "Caderno de exercícios para cuidar de si mesmo"

Caderno de exercícios para cuidar de si mesmo

Anne Van Stappen

Será que eu consigo ser bondoso(a) comigo mesmo(a)? O que vão pensar de mim se eu passar a cuidar de mim mesmo(a)? Será que ninguém vai ficar ressentido por causa disso? Será que eu não vou me tornar egoísta? Acontece com cada um de nós de se colocar tais perguntas sem realmente obter respostas claras sobre essa questão. Que neste pequeno caderno de exercícios você consiga encontrar algumas.

Capa do livro "Labirintos da alma"

Labirintos da alma

Jorge Trevisol

No ser humano de nossa época estão se revelando, de várias formas, alguns fenômenos que são típicas expressões de um grito da alma. A exterioridade excessiva fez com que a interioridade tenha sido esquecida, resultando em inúmeras formas de doenças físicas, psíquicas e espirituais, ou pelo menos num grande desconforto existencial. Estamos num tempo privilegiado, pois só onde há desconforto existe a possibilidade da transformação.

Capa do livro "Sociedade do Cansaço"

Sociedade do Cansaço

Byung-Chul Han

O autor mostra que a sociedade disciplinar e repressora do século XX descrita por Michel Foucault perde espaço para uma nova forma de organização coercitiva: a violência neuronal. As pessoas se cobram cada vez mais para apresentar resultados – tornando elas mesmas vigilantes e carrascas de suas ações. Em uma época onde poderíamos trabalhar menos e ganhar mais, a ideologia da positividade opera uma inversão perversa: nos submetemos a trabalhar mais e a receber menos. Essa onda do ‘eu consigo’ e do ‘yes, we can’ tem gerado um aumento significativo de doenças como depressão, transtornos de personalidade, síndromes como hiperatividade e burnout.

Capa do livro "Sendo você mesmo"

Sendo você mesmo

Mike George

Parece que poucos de nós conhecemos a nós mesmos como realmente somos. Todos os dias somos cercados e atacados por milhares de imagens e de vozes nos dizendo quem e o que poderíamos e deveríamos ser. Neste livro, Mike desvela os muitos modos nos quais você esquece quem você é e como, desse modo, torna-se muitas coisas, desde um pouco aborrecido a enfurecido, de uma ansiedade branda a habitualmente amedrontado.

Capa do livro "Resiliência"

Resiliência

Christina Berndt

A autora retrata como essa imensa força surge em algumas pessoas, e descreve o que neurobiólogos, geneticistas e psicólogos descobriram sobre a origem dessa resistência. Para todos aqueles que utilizam essa força, perder, por vezes, também é uma possibilidade de crescimento. Embora os fundamentos da resiliência sejam normalmente estabelecidos durante a primeira infância, este livro mostra que, com as estratégias adequadas, é possível desenvolver essas capacidades mesmo em adultos.